“Antiga poesia renovada”: a tradução do soneto LXII dos Regrets como exemplo da poética de Du Bellay

Autores

  • Daniel Padilha Pacheco da Costa USP – Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de Letras Modernas. São Paulo – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Joachim Du Bellay, Autor como autoridade, Poética da Plêiade, Imitação dos poetas antigos, Tradução do soneto LXII dos Regrets,

Resumo

Neste artigo, pretendemos discutir a nova concepção de poesia de Joachim Du Bellay como imitação dos modelos poéticos antigos, analisando não apenas os seus escritos em prosa, mas também aqueles em verso. No panfleto La défense et illustration de la langue française, a sua concepção de poesia foi definida por meio do oximoro: “antiga poesia renovada”. Escolheremos uma de suas composições para observar a maneira pela qual essa concepção foi aplicada em sua prática poética. Poema programático da maior coletânea de Du Bellay, o soneto LXII dos Regrets pode ser interpretado como um caso exemplar dessa poética. A nossa discussão da sua concepção de poesia será completada pela tradução desse soneto, segundo a sua concepção de tradução como uma modalidade da imitação poética. Considerando Du Bellay uma autoridade da poesia em vernáculo, a nossa tradução buscará explicitar o seu próprio processo de composição poética como seleção, ampliação e reinterpretação do modelo.

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Seção

Tradução literária