Identidade(s): entre peles e escamas

Autores

  • Aguinaldo José Gonçalves PUC-Goiás – Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia – GO – Brasil. 74605-010. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – Departamento de Linguística e Teoria Literária. São José do Rio Preto – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Identidade, Literatura, Representação, Simulação, Sujeito,

Resumo

Abordamos neste artigo as questões concernentes ao tema das identidades, valendo-nos do discurso literário e embasando nossas reflexões em dois psicanalistas, Sigmund Freud e Jacques Lacan, e no pensamento filosófico de Hanna Arendt. Trilhando mais pela narrativa do que pela poesia, destacamos as manifestações do eu e do outro na complexa instância do duplo, nessa intrincada busca da identidade. O texto possui três partes que se integram e determinam a construção do pensamento: a introdução que apresenta o tema e o fio condutor do mesmo dentro do que entendemos pela relação lúdica e tensa entre o eu e o outro no processo de simulação e de representação literárias; depois, demonstramos como esse problema é figurativizado na literatura por meio de alguns casos. Dentre eles, um fragmento de Dom Casmurro, um poema sem título de Fernando Pessoa euma passagem de A prisioneira, de Marcel Proust. Mediando essa parte, uma passagem de A condição humana, de Hanna Arendt é discutida. Finalmente, depois de traçar distinções entre o tratamento do tema em gêneros diferentes, passamos às considerações finais assinalando determinados pontos que pudemos extrair do tema como extrato do que a literatura pode construir e expressar a partir da natureza ambígua da linguagem literária.

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Publicado

13/04/2017

Edição

Seção

Identidades: o eu e o outro na literatura