Ritual, identidade e metamorfose: os ritos de margem em Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres

Autores

  • Rodrigo Felipe Veloso UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Letras – Departamento de Letras: Estudos Literários. Juiz de Fora – MG – Brasil.
  • Teresinha Vânia Zimbrão da Silva UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora. Faculdade de Letras – Departamento de Letras: Estudos Literários. Juiz de Fora – MG – Brasil.

Palavras-chave:

brasileira, Clarice Lispector, Identidade, Alteridade, Ritos de passagem,

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar o romance Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, da escritora Clarice Lispector, a partir da teoria dos ritos de passagem, em especial, sob a articulação do segundo ponto específico, nomeado de “ritos de margem”. Este fica evidente no romance como sendo o mais profícuo desses rituais, uma vez que a protagonista se situa numa interestrutura, entendida como estágio liminar, que representa a experiência da individualidade vivida, num período de isolamento e autonomia do grupo. Além disso, essa individualidade torna-se complementaridade à medida que Lóri tenta estabelecer um modelo de plenitude para sua vida social e isso acontece na relação com o outro, constituindo, assim, a sua identidade. Os outros ritos (separação e agregação) também possuem essa dinâmica, mas seguindo o processo e trajeto ritual, será no período de “margem” que encontraremos a possibilidade de melhor desenvolvimento das ações e representações dos personagens do romance. As fases da vida de Lóri estudadas referem-se ao momento da vida adulta, o seu relacionamento com Ulisses e o aprofundamento de sua sexualidade.

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Publicado

13/04/2017

Edição

Seção

Identidades: o eu e o outro na literatura