O problema da personagem: as identidades e o ser-no-mundo em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto

Autores

  • Ilse Maria da Rosa Vivian URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Mestrado em Letras: Literatura Comparada. Frederico Westphalen – RS – Brasil.
  • Maria Thereza Veloso URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Mestrado em Letras: Literatura Comparada. Frederico Westphalen – RS – Brasil.

Palavras-chave:

Personagem, Identidades, Memória, Mia Couto,

Resumo

Investigar as imagens do homem e suas formas de narrar a si mesmo como remédio à insaciável sede de identidades, cuja temática é, no campo literário, matéria privilegiada pelo gênero romanesco, é o objetivo geral perseguido pelo presente trabalho. O artigo consiste numa proposta de leitura do romance contemporâneo a partir das estratégias de construção da personagem. A figura ficcional é focalizada, aqui, como fenômeno que, condicionado pela temporalização inerente ao processo de configuração narrativa, põe em evidência a natureza constitutiva do eu, possibilitando ao leitor a formulação de imagens do homem em plena atividade de ser. Mediante o cruzamento temático entre personagem, identidades e memória, analisa-se o romance pós-colonial das Literaturas Africanas, Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), de Mia Couto, em cuja narrativa, devido às condições históricas, sociais e culturais, observa-se a incidência de temas que problematizam, hoje, de forma mais aguda que em outros espaços literários, a formulação das identidades.

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Publicado

13/04/2017

Edição

Seção

Identidades: o eu e o outro na literatura