“La morte”, um conto fantástico e realista de Guy de Maupassant

Autores

  • Clarissa Navarro Conceição Lima Mestre em Estudos Literários. UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Ciências e Letras. Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários. Araraquara – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Literatura Francesa, Maupassant, Literatura fantástica, Introdução A literatura fantástica na França, de acordo com os estudos de Camarani (2014), teria iniciado com Jacques Cazotte, no século XVIII, e com Charles Nodier, no início do século XIX, O fantás

Resumo

O fantástico tradicional percorreu todo o século XIX e também foi produzido e pensado pela escola realista/naturalista. Maupassant, já nos anos 1880, escreveu vários contos em que trabalhava a questão do insólito na realidade, nos quais cria a ambiguidade e causa a hesitação a partir da linguagem; trabalha motivos, espaços e temas fantásticos tais como cadáveres, tumbas e aparições; noites assombrosas e cemitérios; loucura, alucinação e medo. O escritor normando tem, ainda, mais uma especificidade: consegue ser realista ainda que fantástico, ou talvez, melhor dizendo, fantástico, ainda que realista. Maupassant consegue desnudar a realidade, dissecar a condição mais real do homem por meio de contos em que há a presença do insólito, do mistério e do sobrenatural, ainda que, talvez, sejam apenas fruto da imaginação ou da alucinação das personagens. Este trabalho propõe, pois, fazer uma breve análise do conto A Morta, discutir a literatura fantástica e o fantástico peculiar de Maupassant, tendo por base autores como Todorov, Castex, Camarani, Wellek, Grandadam e o próprio escritor e teórico, Maupassant.

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Publicado

14/11/2017

Edição

Seção

Artigos