Educação formal para o mercado de trabalho informal: inserção profissional de jovens mestres e doutores formados na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Autores

  • Valéria De Bettio Mattos UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Chapecó. Chapecó – SC – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2013.v7i1.6379

Palavras-chave:

Trajetória profissional. Bacharéis. Licenciados. Mestres. Doutores.

Resumo

O artigo resulta de um estudo longitudinal acerca da formação de mestres e doutores formados na UFSC. A primeira etapa teve como suporte metodológico, um questionário aplicado a 117 mestrandos matriculados em nove programas de pós-graduação. Na segunda etapa, um egresso de cada curso investigado anteriormente foi acompanhado por meio de entrevista biográfica (DEMAZIÈRE; DUBAR, 2009), a fim de analisar os seus percursos profissionais. Os resultados preliminares mostram que mais anos de estudo conferem aos investigados, maior poder de barganha na competição por um posto de trabalho, embora o alongamento da escolarização não garanta inserção, nem tampouco, a permanência no mercado de trabalho. Os dados mais recentes evidenciam que os percursos e opções de trabalho diferem entre jovens bacharéis e licenciados. Entre os bacharéis, grosso modo, o título de mestre é suficiente para acessar um posto de trabalho formal no setor público. Entre os licenciados prevalece o alongamento da escolarização em nível de doutorado, na condição de bolsistas ou de docentes part time, como estratégia para inserção futura, preferencialmente em institutos de pesquisa e universidades públicas. Tal panorama expressa a existência da informalidade profissional, isto é, trabalho precário, ainda que advindo da educação formal.

Biografia do Autor

Valéria De Bettio Mattos, UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul. Campus Chapecó. Chapecó – SC – Brasil

Professora Adjunta na Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Chapecó. Graduada em Psicologia, Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina. Suas produções recentes versam majoritariamente sobre formação profissional de jovens, inserção no mercado de trabalho e desempego, a partir de obras nas áreas de Psicologia do Trabalho, Sociologia da Educação e Sociologia do Trabalho.

 

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Publicado

05/06/2014

Edição

Seção

Artigos