Escolas Bilingues para surdos no Brasil: uma luta a ser conquistada

Autores

  • Edileuza Lima Freire UNINTA - Centro Universitário INTA
  • Anaisa Alves de Moura UNINTA- CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA
  • Neudiane Moreira Felix UNINTA - CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10172

Palavras-chave:

Bilinguismo. LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Escolas

Resumo

O presente artigo tem como temática central o desenvolvimento educacional da comunidade surda através de suas lutas e como objetivo geral ressaltar a importância da implantação de escolas bilíngues no Brasil. Tomou-se como embasamento teórico os autores Kyle (1999), Quadros (2009, 2004), Skliar (1997) entre outros. O estudo é de abordagem qualitativa do tipo revisão bibliográfica reflexiva, realizado a partir da leitura e aprofundamento da literatura vigente sobre a temática no período de janeiro a maio de 2017. Os resultados indicam que as instituições escolares devem se adequar em prol da valorização educacional dos surdos, do seu desenvolvimento cognitivo, social e intelectual. Escolas bilíngues priorizam a língua brasileira de sinais (LIBRAS) como a língua primária e o português escrito como língua secundária para os alunos surdos - ao contrário das escolas inclusivas, que incluem os alunos surdos em salas de aulas mistas com alunos ouvintes, na qual a língua primária é o português e a secundária (LIBRAS), onde o interprete se torna o mediador entre o aluno surdo e os demais ouvintes, dificultando a aprendizagem do mesmo. Considera-se que escolas bilíngues são capazes de preparar seus estudantes para a vida através do ensino estruturado, baseado na língua de sinais, a partir do uso das atribuições linguísticas das Libras, facilitando o desenvolvimento e a aprendizagem do aluno surdo em sala de aula.

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Biografia do Autor

Edileuza Lima Freire, UNINTA - Centro Universitário INTA

Especialista em LIBRAS (2015); Especialista em educação Especial e Psicopedagogia (2015) atualmente Professora dos cursos na modalidade a distância e presencial do UNINTA - Centro Universitário INTA. E-mail: edileuza_sbc@yahoo.com.br

Anaisa Alves de Moura, UNINTA- CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA

Doutoranda em Ciências da Educação - ULHT – Lisboa/Portugal (2017). Mestre em Ciências da Educação - ULHT – Lisboa/Portugal (2016). Atualmente integra um Grupo de Pesquisa do CNPq: Grupo de Estudos e Pesquisas Autobiográficas (GEPAS), da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Vinculada a CAPES pelo Programa PARFOR desde 2012 como professora pesquisadora e atua na Educação a Distância – UNINTA- Centro Universitário INTA desde 2012. 

Neudiane Moreira Felix, UNINTA - CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA

Especialista em Gestão e Docência do Ensino Superior pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. Atualmente atua no Departamento de Educação a Distância do UNINTA - Centro Universitário INTA. Professora Pesquisadora II do Plano Nacional de Articulação e Formação de Professor da Educação Básica - PARFOR/UVA/CAPES. E-mail: cesecgeral.neudiane@hotmail.com   

Referências

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Publicado

01/11/2017

Como Citar

FREIRE, E. L.; MOURA, A. A. de; FELIX, N. M. Escolas Bilingues para surdos no Brasil: uma luta a ser conquistada. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 1283–1295, 2017. DOI: 10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10172. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10172. Acesso em: 29 mar. 2024.

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